domingo, 15 de maio de 2011

Acordar

Hoje você voltou... com aquele mesmo sorriso, com aquele mesmo carinho, com aquele mesmo brilho nos olhos. Dessa vez quando eu te vi, eu não pensei, só te olhei. Olhei como você parece feliz comigo. Olhei como seu jeito ainda é o mesmo. Olhei como os seus braços ainda me envolvem como antigamente. Você parece tão mudado. Mas mudado em quê exatamente? Eu não sei. Talvez eu esteja mudada ou talvez nada mudou. Não sei. Sei que ainda te amo, que ainda de quero, que ainda desejo sua companhia. Então, quando parei de te olhar eu pensei. Pensei em cada momento feliz que passamos juntos e que ainda podemos passar. Pensei no nosso primeiro olhar, no nosso primeiro sorriso, no nosso primeiro abraço, no nosso primeiro beijo. No início não era amor, era atração. Depois foi carinho e hoje... bem, não existe palavras para distinguir o que sinto. Na sua falta, eu torcia incrivelmente para acordar logo daquele pesadelo, para que nenhuma das nossas brigas terem sido verdade. Por um instante, quando você voltou para os meus braços eu pensei: acabou. Acordei finalmente. Mas como um choque, me vi aqui, em outro dilema. Será que estou sonhando agora? Que o meu pesadelo mais obscuro deu brecha para o meu sonho mais doce? Estou com medo... medo de acordar. Medo de abrir os olhos e ver que você ainda não está lá, que você nem chegou a voltar para mim. Mas... e se não foi um sonho? E se você voltou mesmo? Ah *-* que alegria. Estamos juntos de novo. No entanto, confesso que fiquei insegura quando olhei para o céu, tentando ver nosso amor nas estrelas e me deparei com o céu nublado, não conseguindo ver nada. Fui obrigada a pensar novamente: será que nosso amor se foi e desapareceu no mundo ou só está se escondendo dos meus olhos? Foi quando eu me virei para você e toquei o seu rosto te vendo ali, parado, imóvel, só me olhando com aquele mesmo sorriso, mesmo carinho, mesmo brilho nos olhos. Então eu reparei que nosso amor não podia ser encontrado somente nas estrelas. Ele pode ser encontrado nos seus olhos também, que ao ver que eu acordei finalmente, gritam para mim: EU TE AMO!

Escrito por uma mulher (eu) que estava de bem com seu namorado após uma briga insignificante com ele no dia anterior.

sexta-feira, 13 de maio de 2011

Incompleta...

Não adianta mentir quando a verdade já está escrita em seu rosto. As brigas estão ainda mais frequentes e não percebemos isso. O que resta? Raiva? Medo? Não dá pra saber. Você ainda está lá, inteiro. E eu aqui. Em pedaços. É impossível achar todos os pedaços que foram levados com você naquelas brigas insignificantes. Não sei nem ao certo o que foi levado. Se foi minha esperança, orgulho, ou simplesmente o meu coração. Só sei que a falta desses pedaços está te matando por dentro. Eu rogo por cuidados e curativos o mais rápido possível. Mas não. Você vai levar mais um pedaço enquanto eu rastejo por piedade. Chorar? Ameniza a dor. Seria muito fácil se cada lágrima escorrendo em meu rosto devolvesse tudo àquilo que um dia já foi de mim. Seria tão fácil, se um simples sorriso ou um abraço trouxesse de novo a harmonia de como era no início. Seria muito mais fácil se somente um olhar já transportasse um pequeno pedido de desculpas e trouxesse de volta a esperança. Seria muito mais fácil se seus lábios se fechassem para os insultos e se abrissem para um simples EU TE AMO. Seria muito mais fácil se tentasse deixar alguns pedaços de alegria do que os de tristeza. Seria muito mais fácil se assumisse que ainda me quer ao seu lado, do que dizer que prefere se afastar de mim. Seria muito mais fácil se assumisse que eu te faço bem assim como me faz. Mas não. O mais fácil pra você não é o bastante. Você gosta de desafios. Gosta de ver até onde eu vou por você. Gosta de se sentir valorizado. Gosta de me ouvir dizer: volta? Mas por quê? Não devia nem ter ido embora. Não devia ter carregado tanto de mim com você. Devia ter deixado tudo aqui, e ficado também, para nos completarmos. Devia ter visto como nosso amor é lindo e estava escrito nas estrelas. Porque você não olhou pro céu então? Nosso amor está lá, no mesmo lugar onde começou. Com aquela mesma intensidade. Com aquele mesmo carinho. Com aquela mesma paixão. O que faltou? Nada. Tudo estava lá. Mas... não notamos. Enxergamos mais os defeitos que as qualidades. Vemos mais os vazios do que o que estava cheio. Porquê? Pra quê? Pra ficarmos tristes depois? Decepcionados? No que erramos? Pensei, pensei e pensei. Não achei o erro. Achei só... o nosso amor. Que está lá. O tempo todo. Ele nunca nos desamparou. Mas... não foi o bastante. O que pode ser suportado? A sua falta ou a minha própria? A falta de cada pedaço que você levou? Eles nunca mais vão voltar. Deixou um grande espaço vazio. Um grande sangramento que você vê. Vê quando eu tento conversar com você em nossas brigas, fingindo ser forte mas... as lágrimas caindo dos meus olhos não me deixam fingir. Vê quando eu me seguro pra não correr pros seus braços, mas o meu coração palpita quando você está por perto. Vê que meus lábios tremerem para dizer que eu te amo, mas a voz me falta. Você vê tudo isso. Mas não me socorre. Você prefere a distância, o vazio, o silêncio, o só. Prefere tomar nossas decisões quando está longe de mim, para eu não interferir nelas. Mas por quê? Não é uma decisão só sua. É sobre nós dois. Eu quero participar disso. Eu quero poder te falar o quanto estamos errados. Eu quero poder dizer: não! Nós vamos ficar juntos. Eu quero... Queria. Isso não importa. Sua decisão sempre volta já formada. Você pode até chegar a pedir minha opinião, mas ela já não importa mais. E eu? Continuo aqui. Sangrando. Pensando. O que seria diferente? O que realmente poderia ser diferente? Por incrível que pareça, eu faria tudo igual, e deixaria você levar aqueles pedaços ainda mais importantes. Por quê? Porque eu te amo. Muito. E não ligo se todos os pedaços forem embora desde que você ainda esteja comigo. Mas se não está? O que me resta? Sangrar... Até me curar... SOZINHA!


Escrito por uma mulher (eu) após uma briga insignificante com seu namorado, mas que a fez pensar em todo o que já tínham passado juntos.


TO BE CONTINUE...

quarta-feira, 11 de maio de 2011

Pra quê?


Pra quê insistir naquilo que não tem solução? Pra quê pensar no impossível se ele é impossível? Pra quê correr atrás daquilo que não vale a pena? Pra quê falar se não vão te ouvir? Pra quê justificar se a resposta final já foi dada? Pra quê chorar por quem não derramaria uma lágrima por você? Pra quê fugir se não há escapatória? Pra quê pensar se não há mais solução? Pra quê idealizar o inalcançável? Pra quê buscar a perfeição se nada na Terra é perfeito? Pra quê...? É pra ser feliz. É pra se adiquirir a satisfação pessoal. É pra fazer parte. É pra dizer no final: eu tentei. É pra ir mais longe. É pra provar que somos capazes. É pra sentir prazer de fazer o que se gosta. É pra ver se as coisas seriam diferentes. É pra saber o que se repetiria. É pra saber como as pessoas agiriam numa segunda opção. É pra isso que existimos. É pra ter o prazer de questionar. É pra ter o prazer de sonhar. É pra se sentir vivo a cada instante. É pra ouvir o silêncio do ar. É pra estar ciente de que somos livres para fazer nossas próprias escolhas. É pra poder sertirmos o vento batendo em nosso rosto. É pra poder errar e acertar. É pra ter o benefício da dúvida. É pra ter certeza do solo em que pisamos. É pra construirmos um novo final, uma nova vida, um novo começo. É pra ter a certeza de que cada respiração valeu a pena. É pra ter certeza de que cada segundo não foi em vão. É pra ter certeza de que vamos chegar lá. É pra ter certeza de que nós mesmo criamos nossas oportunidades, basta sabermos usá-las.

sexta-feira, 6 de maio de 2011

Apenas ser...


Apenas ser uma criança, que ri quando olha nos olhos de sua mãe. Apenas ser um amigo, que não fala e cede seu ombro. Apenas ser uma mulher, que vive superando desafios. Apenas ser amado, que se alegra de ver seu amor. Apenas ser só, que permite gostar dos seus momentos de loucuras. Apenas ser um escritor, que nos faz viajar sem sair do lugar. Apenas ser um leitor, que imagina o inimaginável. Apenas ser feliz, que se alegra com o dia. Apenas ser humano, que não se deixa enganar com a corrupção. Apenas ser um professor, que compartilha seu conhecimento ensinando. Apenas um aluno, que aprende criticando seu professor. Apenas ser mãe, que ama incondicionalmente. Apenas ser um pássaro, que voa livremente. Apenas ser louco, que é feliz assim. Apenas ser bom, só por não fazer o mal. Apenas ser maluco, que é normal como qualquer um. Apenas ser tímido, que é um observador nato. Apenas ser extrovertido, que é notado por onde passa. Apenas ser simples, que está apto para qualquer ocasião. Apenas ser dono se si, que não precisa de ajuda para tomar suas decisões. Apenas ser um fisófolo, que com suas pequenas frases nos passam a intensidade de um imenso texto. Apenas ser família, que adora os domingos em que se passam juntos. Apenas ser consciente, que sabe perdoar um erro fatal. Apenas ser diferente, que se orgulha de não se igualar a ninguém. Apenas ser... alguém, que se diverte com si mesmo apenas por existir.

quarta-feira, 4 de maio de 2011

Cluttering


Decidir-se é algo praticamente impossível. Errar na decisão, algo muito provável de acontecer. Acertar na decisão, seria... sorte? A sorte é predestinada, ou seria destino? Ninguém acredita em destino, é mais fácil acreditar em carma. Incrível é pensar que tudo é basicamente a mesma coisa e que ambos estão ligados entre si. A mente é uma bagunça. Quando algo inacreditável acontece, é sorte. Quando algo provável acontece, é carma. Quando algo muito bom acontece, é a força do destino. Mas porque não pode ser um simples acaso? Acontecimentos inesperados são meras mudança, aquela reviravolta mais inoportuna e importante de ser vivida, aquela que ensina e magoa, aquela que nos faz viver como se deve, aquela que nos faz ter a experiência necessária para seguir em frente. Uma baguncinha de vez em quando é necessária. É gostoso quando só nós conseguimos nos encaixar num espaço. Nos sentimos únicos... insubstituíveis. É gostoso quando no meio dessa bagunça nós vemos uma perfeita organização onde tudo de encaixa. Um quebra-cabeça cuja só nós sabemos resolvê-lo. É gostoso quando vemos todos aqueles 'outros' tentando entender tal lógica indecifrável. É gostoso... quando erramos, aprendemos, temos sorte, vivemos e seguimos em frente bagunçando a vida.

segunda-feira, 2 de maio de 2011

Thoughts


Tudo aquilo que já foi um dia, nunca mais volta. Tudo aquilo que ainda será, está por vir. Tudo aquilo que hoje é, acontece. Quem muito pensa, não age. Quem muito age, não pensa. Quem age e pensa, vive o hoje. Deixa o futuro para depois, e o passado para trás. Vê o passado como uma experiência, o futuro como meta, o presente como vida. Viver não é apenas existir, é fazer parte. Fazer parte não é apenas estar, é interagir. Interagir não é apenas falar, é fazer a diferença. Fazer a diferença não é fácil. Não se pode querer fazer o mal para ser notado. E não se deve fazer o bem para ser visto. O bem deve ser feito de graça, sem interesses. O bem deve ser feito com prazer, força de vontade, com amor. Sem amor, o bem não existe. Sem o bem o mundo não existe. Sem o mundo nós não existimos. Sem nós, não haverá pensamentos, e nem motivos para sermos lembrados.