sexta-feira, 16 de setembro de 2011

Um belo olhar

O mais doce dos sentimentos está na verdade dos olhos.
Os olhos mais belos não são os mais sinceros.
Os sinceros nem sempre são reais.
Os reais não são claros.
Os claros sem nunca são doces.

Admire um belo olhar. Não porque ele é bonito, mas porque é doce. Não porque ele é real, mas porque ele é sincero. Não porque ele é o mais claro dos olhos, mas sim, porque ele carrega a verdade consigo.

sexta-feira, 29 de julho de 2011

Lembranças

Dizem que tudo que é bom ou ruim deve ser guardado conosco para que possamos lembrar num futuro, e termos a noção do que fazer através destas memórias.
Nenhum momento é guardado apenas por ter sido bom ou ruim. Toda lembrança é guardada por ser especial e por ter um diferencial em si.
Cada música, cada rima, cada letra, cada gesto, cada gargalhada... são quisitos de uma boa vida, de um bom momento, de uma boa lembrança. Na vida passamos por péssimos momentos, mas não podemos ter medo de viver por causa deles. Nós também passamos por ótimos instantes na vida, e nem por isso acreditamos que tudo será a sétima maravilha do mundo.
Coisas simples como um abraço, que transmite todo o apoio necessário; um sorriso, que transmite toda a felicidade ali presente; um gesto, que transmite toda a segurança do mundo; um olhar, que explica tudo, sem ter que dizer nada. Coisas simples que sempre ficam marcadas, lembradas.
Não é necessário etiquetar os acontecimentos como bons, ruins, ou até mesmo "mais ou menos" para serem lembrados. Não precisamos guardar as coisas como uma obrigação ou como um erro que nunca mais será cometido. No entanto, devemos guardar tudo, sem etiquetas, sem obrigações, sem aprendizados. 
Todo momento deve ser guardado como uma certeza de que aquilo foi verdade, e que realmente vivemos tudo, sem sonhos ou delírios. Apenas lmebranças.

sábado, 16 de julho de 2011

Distintos...


"O homem pensa.
A mulher sonha.

Pensar é ter cérebro.
Sonhar é ter na fronte uma auréola.

O homem é um oceano.
A mulher é um lago.

O oceano tem a pérola que embeleza.
O lago tem a poesia que deslumbra.

O homem é a águia que voa.
A mulher, o rouxinol que canta.

Voar é dominar o espaço.
Cantar é conquistar a alma.

O homem tem um farol: a consciência.
A mulher tem uma estrela: a esperança.

O farol guia.
A esperança salva.

Enfim, o homem está colocado onde termina a terra.
A mulher, onde começa o céu!!!"
 
                                                   VICTOR HUGO

quinta-feira, 23 de junho de 2011

Ciclo vicioso

Um dia comum, que começa quando você chega dizendo oi, abre aquele sorriso e me abraça forte. Parece que eu começei a respirar somente a partir daquele momento, com o seu toque, seu cheiro e seu olhar. É tão gostozo quando você acaricia o meu rosto e me pergunta se eu dormi bem e se sonhei com você. E assim, do nada, você começa a me fazer cócegas para suprir a falta de assunto e ri como se tudo aquilo fosse um programa de piadas. E como num passe de mágica você me assusta, com o menor de gestos, só para eu saber que você ainda está ali ao meu lado. Quando o assunto é importante, você faz uma gracinha para me fazer de boba, fingindo que não estar sendo mais bobo do que eu. No silêncio você cheira o meu pescoço e comenta como você adora o meu perfume. Você pega as minhas mãos, só para falar que as minhas unhas estão lindas, mesmo que o meu esmalte já esteja descascando. Quando eu falo desenfreadamente você fixa seu olhar no meu, para me fazer ter a certeza de que naquele momento nenhuma palavra precisa ser dita. Se meu sorrizo se vai, você me deita em seu ombro, faz cafuné em minha cabeça e fala: eu estou aqui. Se fico com tédio, você começa a cantar e fazer um show business particular para eu perceber que nada nunca é monótono com você. Se fico pensativa, você encosta sua orelha na minha falando que vai ouvir o que eu estou pensando. E quando eu me canso, você me deita em seu colo e me acaricia até que eu pegue no sono...
Todo o dia é assim. Todo o dia você vem e me faz feliz. Todo o dia você me beija e deixa bem claro como você me ama. Todo o dia você me faz rir das bobagens que você fala. Todos os dias.
Quando você está quase partindo, você me gruda junto a ti, me beija como se aquele fosse o último beijo, me abraça como se nunca mais fosse me ver, me olha como se nunca tivesse me visto e fala: amanhã eu volto, pra fazermos tudo de novo. 
E eu fico aqui, esperando, que mais um dia comum chegue, para começar com um simples oi. 

sexta-feira, 10 de junho de 2011

Saudades...

Tudo é tão bom, enquanto estamos perto. Tudo é tão bom quando estamos juntos. Tudo é tão bom quando não temos que compartilhar as dificuldades dos outros. Tudo é tão bom enquanto é azul. Mas se acabou. Você se foi, nos deixou. Nós não éramos muito próximos, mas... você vai fazer falta. Tudo era tão bom quando você simplesmente sorria, pintava o rosto, acendia a sua vela e subia em cima da mesa. Tudo era tão bom quando você tentava prever o futuro e gritava para parecer real. Tudo era tão bom quando você simplesmente entrava na sala e nos dava um bom dia. Tudo era tão bom quando ríamos juntos do seu chapéu engraçado. Tudo era tão bom quando você nos contava histórias que nos levava além do imaginável. Tudo era tão bom.
Alguns chegariam a me criticar dizendo: ele não era nada seu. Mas eu digo: você era muito para todos. Você não precisava saber da minha vida e nem eu da sua, mas eu gostava de você. Você não precisava sentar ao meu lado perguntando se eu precisava de ajuda pois seus olhos já me acalentavam. Você não precisava contar uma piada para me fazer rir, bastava sorrir pra mim.
Penso, quantas palavras poderíamos ter dito. Quantos momentos mais poderíamos ter vivido. Quantos pensamentos compartilhados. Quantos...
O que seria diferente? O que poderia ter sido diferente? Não dá pra saber. Infelizmente não vamos ter uma segunda chance. Você já se foi... deixando dúvidas e muitas saudades.
Peso? Você também deixou. Aquela sensação de que deveríamos ter feito mais. Aquela sensação de que poderíamos ter falado mais, compartilhado mais, vivido mais...
E agora? Agora, basta pensar que tudo foi bem feito. Que nada passou em branco. Que tudo o que falamos foi falado na hora certa e que cada momento vivido juntos foi único... inesquecível. Aonde entiver, está feliz, está melhor do que antes, está livre, olhando por todos nós.
O que resta? Resta a saudade. Pensar em você com o máximo carinho possível. Resta... se orgulhar de ter tido o prazer de te conhecer... Siga em paz.


Dedicado ao Valdivino, um ótimo professor de filosofia que partiu jovem, 
nos deixando a melhor imagem de um verdadeiro ser humano.

domingo, 5 de junho de 2011

Tempo

Tempo pode ser um segundo, um minuto, uma hora, um ano. Tempo aquele que conseguimos medir, contar, esperar... mas não conseguimos parar. Quando menos se quer, mais rápido ele passa. Quando mais se quer, mais lento ele fica. Tempo. Contado pelo relógio, cronômetro ou pelo sol. Tempo. Aquele que nos ilude, enlouquece e nos envelhece. Aquele que é amigo e inimigo. Aquele que faz bem e mal. Aquele que passa e não volta. Tempo.
Tempo pode ser uma respiração, um momento,  um instante, uma vida. Tempo que alegra, revigora e insentiva. Aquele que para, por um lindo e único momento. Aquele que volta, para que tudo seja relembrado novamente. Tempo. Aquele que espera o quanto seja necessário. Aquele que passa para que o dor não nos corroa. Aquele que fica para que a felicidade prevaleça. Tempo. Bom ou ruim. Concreto ou não.Um tempo nada mais é do que uma passagem. Uma passagem de ânimos. Aquela que vai da felicidade para tristeza, do companheirismo para solidão. Tempo.
Como viver sem o tempo? Tudo na vida precisa de tempo. Temos que esperar um tempo para crescermos, um tempo para amarmos, um tempo para sorrimos, um tempo para chorarmos, um tempo.
Quando tudo parece ter chegado ao fim, o tempo vem e nos mostra que o 'tudo' não era nem o começo. Quando tudo parece estar perfeito, o tempo vem e nos mostra que o 'tudo' não passou de uma fase. Quando tudo parece estar monótono, o tempo vem e mostra que o 'tudo' nada foi do que um momento sem acontecimentos. Quando estamos cançados, adoramos ter um tempo de descanço. Quando estamos com saudades, odiamos o tempo passado longe. Quando estamos putos perguntamos: Porque você não dá um tempo? Tempo.
Dizem que é impossível controlar o tempo. Será? O tempo trabalhado por cada um é controlado pelo seu chefe e milhares de pessoas não aparentam ter a idade que tem. Dizem que é impossível ver o tempo. No entanto somos capazes de notar diferenças em todas as coisas após um tempo. Tempo. Amigo ou inimigo? Tempo. Nos ajuda ou nos destrói? Tempo. Como superá-lo?
Não superamos, aprendemos a lidar. Nos acostumamos com ele. Querendo ou não ele vai passar diante de nossos olhos. Querendo ou não ele será lembrado por alguém. Querendo ou não ele vai nos envelhecer e nos matar aos poucos. Tempo. O que fazer? Esperar. Ele vai passar. É só nos acostumarmos com ele, mesmo porque, ele só é um... tempo.


sexta-feira, 3 de junho de 2011

Uma bela frase

" As grandes ideias são como as grandes paixões;
Elas não morrem, ficam guardadas;
Esperando a hora de existirem outra vez. "


Por Selton Mello como Pedro,        
Em 'A mulher invisível - Série'

quinta-feira, 2 de junho de 2011

Paixão pessoal

O que fazer quando não se está bem, quando o dia já começou mal, quando o dia não devia nem ter começado, quando todos parecem estar conspirando contra nós, quando o mundo parece estar girando ao contrário, quando perdemos a vontade de respirar, quando queremos mandar todo mundo pra P... que pa..., quando os ruídos ficam martelando em nossa cabeça, quando se está tão feliz que não cabemos dentro de nós, quando temos vontade de gritar, quando estamos rindo até para o inacreditável, etc... O que fazer???
É simples. Coma chocolate.
Existente desde antes de Cristo, essa  MA-RA-VI-LHA resolve qualquer problema. Não sei o que ele faz e nem o porquê. Sei que tudo se resume a ele. Não há nada melhor que comer uma bela barra de chocolate quando se está deprimido, feliz, normal, com tédio, atoa, lendo, rindo, chorando ou qualquer outra coisa. Existem aqueles que não gostam de chocolate e outros que não podem comê-los. Mas para a grande maioria chocólatra... Como é bom ter um chocolatinho por perto né? Para saciar essa vontade imensa, alguns gênios (assim chamados por mim) criaram vários tipos de chocolates. O que é ótimo, assim nunca enjoamos (como se isso fosse capaz de acontecer). Não há nada melhor do que ir nessas festinhas de criança e colocar nossos subrinhos para ir até a mesa de doces para trazer não só um, mas vários brigadeiros. Tem também aquelas tardes de domingo que nós ficamos pensando na vida e comemos um belo chocolate branco. É delicioso quando após os almoços dos sábados não há sobremesa nenhuma pronta e aparecemos com aquela bela barra de chocolate ao leite. E quando perdemos o sono numa sexta-feira qualquer? Simples, vamos até a cozinha e preparamos um copo duplo de leite achocolatado. Fora que também, para aqueles e aquelas que adoram futebol como eu e não conseguem ficar quietos quando assistem aos jogos de quarta-feira, existe o chocolate crocante, aquele que vai saciando cada parte da nossa ansia e fúria construída pelo jogo. Ah, o chocolate. Como viver sem? Eu até podeira suportar um mundo sem crimes, sem corrupção, sem drogas... Mas sem chocolate? Jamais. Meus dias se tornariam insuportáveis. Agora, para aqueles que não gostam ou não podem comer chocolate e acham que eu estou escrevendo alguma loucura. Tudo bem. Não os questiono. Eu prefiro mesmo que vocês não comam chocolate (sobra mais). 
Obs: Não vão saindo contando a solução de todos os meus e os seus problemas por aí. Fica sendo um segredinho nosso (^.~). 

quarta-feira, 1 de junho de 2011

Abandono

É tão difícil querer o impossível. Ainda mais difícil é querer o possível. Por quê? Porque o possível não depende de muito. Depende das pequenas atitudes, dos pequenos gestos. Pequenas atitudes soa tão insignificante, mas é tão difícil de fazê-las. Pequenos gestos não custam absolutamente nada, mas ninguém gosta de perder tempo com isso. É uma pena. Há dias que parecem o fim. São aqueles que não se pode ouvir uma voz indesejada, uma opinião não pedida, um barulho atoa. São aqueles que tudo que se quer é ficar sozinho, não fazendo nada ou fazendo o que se gosta. São aqueles que simplesmente nos enlouquecem. Aqueles que faz parecer o fim do mundo. Aqueles que nos fazem desejar não ter acordado. No entanto, há dias que são 'os dias'. Dias de fazer uma zorra. Dias de se comemorar o simples nascer do sol. Dias de ter vontade de cair na noite. Dias que valem a pena viver. Há também dias que são só dias. Dias que são uma mera rotina. Dias que não acrescentam nem diminuem nada a nossa vida. Dias que.... ah, só dias. É chato quando você acorda em um bom dia, querendo comemorar até mesmo o fato de se respirar, e ninguém está disposto a compartilhar isso. É chato quando você está naquele péssimo dia e tem que fingir que está tudo bem porque todos estão bem. É chato quando o dia não significa nada pra você e ninguém faz questão de fazer a diferença. Se negamos apoio, não somos bons companheiros. Se apoiamos demais, somos malucos. Se não opnarmos, somos insignificantes. Mas e quando o mesmo acontece conosco? É tão difícil identificar quando precisamos de carinho, companhia ou silêncio? As coisas ficam ainda piores quando percebemos que todos podem contar conosco, mas que nós não podemos contar com ninguém pra nada. Bom... talvez possamos, caso formos fazer uma festa ou um happy hour. Legal né? O foda é que não podemos, JAMAIS, estar em falta com nenhum de nossos amigos ou familiares quando eles estiverem precisando. Isso é quase um crime inafiançável. Abandono significa deixar, largar, desamparar. Pelo fato dela ser uma palavra forte, ela é designada a atos polêmicos, como por exemplo, uma mãe que abandona o filho. Os motivos que a levaram a fazer isso são desinteressantes, mas o ato não. Se nos sentimos sozinhos, carentes e desamparados não podemos associar essa situação a palavra abandono. Ninguém te deixou. Pelo menos não teoricamente. Mas, vamos ver pelo lado da pessoa abandonada. Como ela se sente? Sozinha, carente, desamparada... abandonada. Só depois de pensarmos por esse lado, que talvez pudéssemos ver o quanto o possível é muito impossível. O impossível só é impossível se não o buscarmos. O possível é tão possível que não o fazemos. Dizem que é impossível mudar o mundo, no entanto, milhares de pessoas tentam. Dizem que é possível ser feliz, no entanto, ninguém tenta alegrar o próximo. Abandonamos as causas fáceis pelas difíceis. As alcanláveis pelas inalcançáveis. Talvez, se tentarmos fazer o possível o impossível se tornaria possível, mas... isso só acontecerá quando pararmos de abandonar as coisas miúdas para se criar as coisas grandes.

domingo, 15 de maio de 2011

Acordar

Hoje você voltou... com aquele mesmo sorriso, com aquele mesmo carinho, com aquele mesmo brilho nos olhos. Dessa vez quando eu te vi, eu não pensei, só te olhei. Olhei como você parece feliz comigo. Olhei como seu jeito ainda é o mesmo. Olhei como os seus braços ainda me envolvem como antigamente. Você parece tão mudado. Mas mudado em quê exatamente? Eu não sei. Talvez eu esteja mudada ou talvez nada mudou. Não sei. Sei que ainda te amo, que ainda de quero, que ainda desejo sua companhia. Então, quando parei de te olhar eu pensei. Pensei em cada momento feliz que passamos juntos e que ainda podemos passar. Pensei no nosso primeiro olhar, no nosso primeiro sorriso, no nosso primeiro abraço, no nosso primeiro beijo. No início não era amor, era atração. Depois foi carinho e hoje... bem, não existe palavras para distinguir o que sinto. Na sua falta, eu torcia incrivelmente para acordar logo daquele pesadelo, para que nenhuma das nossas brigas terem sido verdade. Por um instante, quando você voltou para os meus braços eu pensei: acabou. Acordei finalmente. Mas como um choque, me vi aqui, em outro dilema. Será que estou sonhando agora? Que o meu pesadelo mais obscuro deu brecha para o meu sonho mais doce? Estou com medo... medo de acordar. Medo de abrir os olhos e ver que você ainda não está lá, que você nem chegou a voltar para mim. Mas... e se não foi um sonho? E se você voltou mesmo? Ah *-* que alegria. Estamos juntos de novo. No entanto, confesso que fiquei insegura quando olhei para o céu, tentando ver nosso amor nas estrelas e me deparei com o céu nublado, não conseguindo ver nada. Fui obrigada a pensar novamente: será que nosso amor se foi e desapareceu no mundo ou só está se escondendo dos meus olhos? Foi quando eu me virei para você e toquei o seu rosto te vendo ali, parado, imóvel, só me olhando com aquele mesmo sorriso, mesmo carinho, mesmo brilho nos olhos. Então eu reparei que nosso amor não podia ser encontrado somente nas estrelas. Ele pode ser encontrado nos seus olhos também, que ao ver que eu acordei finalmente, gritam para mim: EU TE AMO!

Escrito por uma mulher (eu) que estava de bem com seu namorado após uma briga insignificante com ele no dia anterior.

sexta-feira, 13 de maio de 2011

Incompleta...

Não adianta mentir quando a verdade já está escrita em seu rosto. As brigas estão ainda mais frequentes e não percebemos isso. O que resta? Raiva? Medo? Não dá pra saber. Você ainda está lá, inteiro. E eu aqui. Em pedaços. É impossível achar todos os pedaços que foram levados com você naquelas brigas insignificantes. Não sei nem ao certo o que foi levado. Se foi minha esperança, orgulho, ou simplesmente o meu coração. Só sei que a falta desses pedaços está te matando por dentro. Eu rogo por cuidados e curativos o mais rápido possível. Mas não. Você vai levar mais um pedaço enquanto eu rastejo por piedade. Chorar? Ameniza a dor. Seria muito fácil se cada lágrima escorrendo em meu rosto devolvesse tudo àquilo que um dia já foi de mim. Seria tão fácil, se um simples sorriso ou um abraço trouxesse de novo a harmonia de como era no início. Seria muito mais fácil se somente um olhar já transportasse um pequeno pedido de desculpas e trouxesse de volta a esperança. Seria muito mais fácil se seus lábios se fechassem para os insultos e se abrissem para um simples EU TE AMO. Seria muito mais fácil se tentasse deixar alguns pedaços de alegria do que os de tristeza. Seria muito mais fácil se assumisse que ainda me quer ao seu lado, do que dizer que prefere se afastar de mim. Seria muito mais fácil se assumisse que eu te faço bem assim como me faz. Mas não. O mais fácil pra você não é o bastante. Você gosta de desafios. Gosta de ver até onde eu vou por você. Gosta de se sentir valorizado. Gosta de me ouvir dizer: volta? Mas por quê? Não devia nem ter ido embora. Não devia ter carregado tanto de mim com você. Devia ter deixado tudo aqui, e ficado também, para nos completarmos. Devia ter visto como nosso amor é lindo e estava escrito nas estrelas. Porque você não olhou pro céu então? Nosso amor está lá, no mesmo lugar onde começou. Com aquela mesma intensidade. Com aquele mesmo carinho. Com aquela mesma paixão. O que faltou? Nada. Tudo estava lá. Mas... não notamos. Enxergamos mais os defeitos que as qualidades. Vemos mais os vazios do que o que estava cheio. Porquê? Pra quê? Pra ficarmos tristes depois? Decepcionados? No que erramos? Pensei, pensei e pensei. Não achei o erro. Achei só... o nosso amor. Que está lá. O tempo todo. Ele nunca nos desamparou. Mas... não foi o bastante. O que pode ser suportado? A sua falta ou a minha própria? A falta de cada pedaço que você levou? Eles nunca mais vão voltar. Deixou um grande espaço vazio. Um grande sangramento que você vê. Vê quando eu tento conversar com você em nossas brigas, fingindo ser forte mas... as lágrimas caindo dos meus olhos não me deixam fingir. Vê quando eu me seguro pra não correr pros seus braços, mas o meu coração palpita quando você está por perto. Vê que meus lábios tremerem para dizer que eu te amo, mas a voz me falta. Você vê tudo isso. Mas não me socorre. Você prefere a distância, o vazio, o silêncio, o só. Prefere tomar nossas decisões quando está longe de mim, para eu não interferir nelas. Mas por quê? Não é uma decisão só sua. É sobre nós dois. Eu quero participar disso. Eu quero poder te falar o quanto estamos errados. Eu quero poder dizer: não! Nós vamos ficar juntos. Eu quero... Queria. Isso não importa. Sua decisão sempre volta já formada. Você pode até chegar a pedir minha opinião, mas ela já não importa mais. E eu? Continuo aqui. Sangrando. Pensando. O que seria diferente? O que realmente poderia ser diferente? Por incrível que pareça, eu faria tudo igual, e deixaria você levar aqueles pedaços ainda mais importantes. Por quê? Porque eu te amo. Muito. E não ligo se todos os pedaços forem embora desde que você ainda esteja comigo. Mas se não está? O que me resta? Sangrar... Até me curar... SOZINHA!


Escrito por uma mulher (eu) após uma briga insignificante com seu namorado, mas que a fez pensar em todo o que já tínham passado juntos.


TO BE CONTINUE...

quarta-feira, 11 de maio de 2011

Pra quê?


Pra quê insistir naquilo que não tem solução? Pra quê pensar no impossível se ele é impossível? Pra quê correr atrás daquilo que não vale a pena? Pra quê falar se não vão te ouvir? Pra quê justificar se a resposta final já foi dada? Pra quê chorar por quem não derramaria uma lágrima por você? Pra quê fugir se não há escapatória? Pra quê pensar se não há mais solução? Pra quê idealizar o inalcançável? Pra quê buscar a perfeição se nada na Terra é perfeito? Pra quê...? É pra ser feliz. É pra se adiquirir a satisfação pessoal. É pra fazer parte. É pra dizer no final: eu tentei. É pra ir mais longe. É pra provar que somos capazes. É pra sentir prazer de fazer o que se gosta. É pra ver se as coisas seriam diferentes. É pra saber o que se repetiria. É pra saber como as pessoas agiriam numa segunda opção. É pra isso que existimos. É pra ter o prazer de questionar. É pra ter o prazer de sonhar. É pra se sentir vivo a cada instante. É pra ouvir o silêncio do ar. É pra estar ciente de que somos livres para fazer nossas próprias escolhas. É pra poder sertirmos o vento batendo em nosso rosto. É pra poder errar e acertar. É pra ter o benefício da dúvida. É pra ter certeza do solo em que pisamos. É pra construirmos um novo final, uma nova vida, um novo começo. É pra ter a certeza de que cada respiração valeu a pena. É pra ter certeza de que cada segundo não foi em vão. É pra ter certeza de que vamos chegar lá. É pra ter certeza de que nós mesmo criamos nossas oportunidades, basta sabermos usá-las.

sexta-feira, 6 de maio de 2011

Apenas ser...


Apenas ser uma criança, que ri quando olha nos olhos de sua mãe. Apenas ser um amigo, que não fala e cede seu ombro. Apenas ser uma mulher, que vive superando desafios. Apenas ser amado, que se alegra de ver seu amor. Apenas ser só, que permite gostar dos seus momentos de loucuras. Apenas ser um escritor, que nos faz viajar sem sair do lugar. Apenas ser um leitor, que imagina o inimaginável. Apenas ser feliz, que se alegra com o dia. Apenas ser humano, que não se deixa enganar com a corrupção. Apenas ser um professor, que compartilha seu conhecimento ensinando. Apenas um aluno, que aprende criticando seu professor. Apenas ser mãe, que ama incondicionalmente. Apenas ser um pássaro, que voa livremente. Apenas ser louco, que é feliz assim. Apenas ser bom, só por não fazer o mal. Apenas ser maluco, que é normal como qualquer um. Apenas ser tímido, que é um observador nato. Apenas ser extrovertido, que é notado por onde passa. Apenas ser simples, que está apto para qualquer ocasião. Apenas ser dono se si, que não precisa de ajuda para tomar suas decisões. Apenas ser um fisófolo, que com suas pequenas frases nos passam a intensidade de um imenso texto. Apenas ser família, que adora os domingos em que se passam juntos. Apenas ser consciente, que sabe perdoar um erro fatal. Apenas ser diferente, que se orgulha de não se igualar a ninguém. Apenas ser... alguém, que se diverte com si mesmo apenas por existir.

quarta-feira, 4 de maio de 2011

Cluttering


Decidir-se é algo praticamente impossível. Errar na decisão, algo muito provável de acontecer. Acertar na decisão, seria... sorte? A sorte é predestinada, ou seria destino? Ninguém acredita em destino, é mais fácil acreditar em carma. Incrível é pensar que tudo é basicamente a mesma coisa e que ambos estão ligados entre si. A mente é uma bagunça. Quando algo inacreditável acontece, é sorte. Quando algo provável acontece, é carma. Quando algo muito bom acontece, é a força do destino. Mas porque não pode ser um simples acaso? Acontecimentos inesperados são meras mudança, aquela reviravolta mais inoportuna e importante de ser vivida, aquela que ensina e magoa, aquela que nos faz viver como se deve, aquela que nos faz ter a experiência necessária para seguir em frente. Uma baguncinha de vez em quando é necessária. É gostoso quando só nós conseguimos nos encaixar num espaço. Nos sentimos únicos... insubstituíveis. É gostoso quando no meio dessa bagunça nós vemos uma perfeita organização onde tudo de encaixa. Um quebra-cabeça cuja só nós sabemos resolvê-lo. É gostoso quando vemos todos aqueles 'outros' tentando entender tal lógica indecifrável. É gostoso... quando erramos, aprendemos, temos sorte, vivemos e seguimos em frente bagunçando a vida.

segunda-feira, 2 de maio de 2011

Thoughts


Tudo aquilo que já foi um dia, nunca mais volta. Tudo aquilo que ainda será, está por vir. Tudo aquilo que hoje é, acontece. Quem muito pensa, não age. Quem muito age, não pensa. Quem age e pensa, vive o hoje. Deixa o futuro para depois, e o passado para trás. Vê o passado como uma experiência, o futuro como meta, o presente como vida. Viver não é apenas existir, é fazer parte. Fazer parte não é apenas estar, é interagir. Interagir não é apenas falar, é fazer a diferença. Fazer a diferença não é fácil. Não se pode querer fazer o mal para ser notado. E não se deve fazer o bem para ser visto. O bem deve ser feito de graça, sem interesses. O bem deve ser feito com prazer, força de vontade, com amor. Sem amor, o bem não existe. Sem o bem o mundo não existe. Sem o mundo nós não existimos. Sem nós, não haverá pensamentos, e nem motivos para sermos lembrados.