quarta-feira, 1 de junho de 2011

Abandono

É tão difícil querer o impossível. Ainda mais difícil é querer o possível. Por quê? Porque o possível não depende de muito. Depende das pequenas atitudes, dos pequenos gestos. Pequenas atitudes soa tão insignificante, mas é tão difícil de fazê-las. Pequenos gestos não custam absolutamente nada, mas ninguém gosta de perder tempo com isso. É uma pena. Há dias que parecem o fim. São aqueles que não se pode ouvir uma voz indesejada, uma opinião não pedida, um barulho atoa. São aqueles que tudo que se quer é ficar sozinho, não fazendo nada ou fazendo o que se gosta. São aqueles que simplesmente nos enlouquecem. Aqueles que faz parecer o fim do mundo. Aqueles que nos fazem desejar não ter acordado. No entanto, há dias que são 'os dias'. Dias de fazer uma zorra. Dias de se comemorar o simples nascer do sol. Dias de ter vontade de cair na noite. Dias que valem a pena viver. Há também dias que são só dias. Dias que são uma mera rotina. Dias que não acrescentam nem diminuem nada a nossa vida. Dias que.... ah, só dias. É chato quando você acorda em um bom dia, querendo comemorar até mesmo o fato de se respirar, e ninguém está disposto a compartilhar isso. É chato quando você está naquele péssimo dia e tem que fingir que está tudo bem porque todos estão bem. É chato quando o dia não significa nada pra você e ninguém faz questão de fazer a diferença. Se negamos apoio, não somos bons companheiros. Se apoiamos demais, somos malucos. Se não opnarmos, somos insignificantes. Mas e quando o mesmo acontece conosco? É tão difícil identificar quando precisamos de carinho, companhia ou silêncio? As coisas ficam ainda piores quando percebemos que todos podem contar conosco, mas que nós não podemos contar com ninguém pra nada. Bom... talvez possamos, caso formos fazer uma festa ou um happy hour. Legal né? O foda é que não podemos, JAMAIS, estar em falta com nenhum de nossos amigos ou familiares quando eles estiverem precisando. Isso é quase um crime inafiançável. Abandono significa deixar, largar, desamparar. Pelo fato dela ser uma palavra forte, ela é designada a atos polêmicos, como por exemplo, uma mãe que abandona o filho. Os motivos que a levaram a fazer isso são desinteressantes, mas o ato não. Se nos sentimos sozinhos, carentes e desamparados não podemos associar essa situação a palavra abandono. Ninguém te deixou. Pelo menos não teoricamente. Mas, vamos ver pelo lado da pessoa abandonada. Como ela se sente? Sozinha, carente, desamparada... abandonada. Só depois de pensarmos por esse lado, que talvez pudéssemos ver o quanto o possível é muito impossível. O impossível só é impossível se não o buscarmos. O possível é tão possível que não o fazemos. Dizem que é impossível mudar o mundo, no entanto, milhares de pessoas tentam. Dizem que é possível ser feliz, no entanto, ninguém tenta alegrar o próximo. Abandonamos as causas fáceis pelas difíceis. As alcanláveis pelas inalcançáveis. Talvez, se tentarmos fazer o possível o impossível se tornaria possível, mas... isso só acontecerá quando pararmos de abandonar as coisas miúdas para se criar as coisas grandes.

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